O MEDO DE COMETER ERROS AO FALAR INGLÊS
Você estuda um idioma e, apesar dos esforços, continua cometendo erros. Ou então você se sente confiante enquanto estuda em casa mas, quando precisa comunicar-se ou usar o que aprendeu, tem ‘brancos mentais’, emperra no meio da frase e não consegue ir além. Ou, ainda, você tem a sensação de que nada entra na sua cabeça e começa a pensar em desistir. Se este cenário lhe é familiar, saiba que você não é o único a se sentir assim, e que praticamente todas as pessoas que aprendem um segundo idioma passam por isso em algum momento. Você pode questionar sua capacidade para aprender, sua idade, imaginar que possa haver algum déficit de aprendizado não diagnosticado, mas, na maioria massiva das vezes, o principal causador de tudo isso é o medo de errar.
Quanto mais você se sente inseguro, mais aumentam as dificuldades. Seu discurso se torna cada vez menos claro e há cada vez mais erros gramaticais.
Algumas pesquisas indicam que crianças aprendem um idioma com mais facilidade não necessariamente por terem mais flexibilidade e adaptabilidade cerebral, e sim por não terem o medo que um adulto costuma ter de errar. Não podemos desconsiderar o fato de que adultos lidam com mais pressão e ansiedade dadas as responsabilidades que têm na vida das quais uma criança não compartilha. Além disso, têm a língua materna profundamente enraizada em seu sistema de comunicação pelos anos a mais de uso. No entanto, é também verdade que adultos se auto impõem uma série de travas e crenças que as crianças não têm. Elas aproveitam mais o momento e julgam menos, enquanto os adultos julgam mais e aproveitam menos.
Dave Featherston, professor de neurociências associado da Universidade de Illinois, EUA, diz que adultos são tão capazes de aprender um idioma quanto as crianças, mas que simplesmente não fazem uso pleno do seu potencial.
Afinal, qual a causa da insegurança?
A psicóloga americana Dr. Melanie Greenberg, Ph.D., autora do best-seller em neuropsicologia e manejo do stress intitulado The Stress-Proof Brain (O Cérebro À Prova de Stress), diz que a maioria das pessoas se sente insegura às vezes, mas alguns de nós nos sentimos inseguros com mais frequência. Ela coloca que: “O tipo de infância que tivemos, traumas passados, experiências recentes de falência ou rejeição, solidão, ansiedade social, pensamentos negativistas sobre si mesmo, perfeccionismo ou ter um pai, mãe ou companheiro crítico podem ser todos fatores que contribuem para um aumento da insegurança.”
Algumas pessoas têm o que poderíamos chamar de ansiedade social. É quando o medo que todos temos do julgamento alheio e de que nossas falhas sejam expostas se torna excessivo. Porém, estes medos costumam estar embasados em crenças distorcidas sobre o próprio valor e sobre o quanto as pessoas estariam realmente ocupadas em avaliar você. Na maioria das vezes, as pessoas estão muito mais preocupadas com o próprio desempenho do que com o desempenho do outro. Até mesmo professores, numa sala de aula, estão mais ocupados em seguir o planejamento de aula e ajudar os alunos em suas dificuldades do que em avaliá-los.
O perfeccionismo é outro vilão da insegurança. Nossas metas de perfeição são muitas vezes irrealistas e inalcançáveis, o que nos faz sofrer continuamente pelo que ainda não alcançamos e desvalorizar ou não perceber o que já conseguimos até o momento. Além disso, no perfeccionismo existe a crença de que o controle sempre pertence a nós. No entanto, a vida não funciona dessa forma. Não temos todo o controle sobre as questões da vida que gostaríamos de ter. Podemos perder o emprego, sofrer um acidente, ficarmos doentes, ter um parceiro que não corresponda aos nossos investimentos emocionais como esperado.
Se nos martirizarmos e culparmos por tudo o que não é perfeito num universo cheio de imperfeições, em vez de adotarmos uma visão realista dos fatos, estaremos apenas acumulando inseguranças e sentimentos de menos valia injustos sobre nós.
O que fazer para reduzir nossa insegurança e medo de errar?
Talvez sejam boas ideias:
- Avaliar-se mais quanto ao esforço aplicado do que em relação ao resultado obtido, afinal, o empenho sempre nos impulsionará para frente, enquanto resultados mudam a cada segundo.
- Desenvolva mais compaixão por si mesmo. Você é um ser humano e não um robô.
- Aprenda a valorizar-se pelo que você é (caráter, valores), e não por como você está no momento.
- Enquanto aprende um idioma, tente focar principalmente no que deseja comunicar em primeiro plano, e não na forma com que faz isso, afinal, esse é o principal objetivo de uma língua: passar a mensagem e compreender a mensagem do outro. Use todos os recursos comunicativos disponíveis que possam ajudá-lo nos recursos que ainda estejam em formação, tais como tom de voz, olhar ou gestos corporais.
- Lembre-se que cada um tem uma história de vida diferente, que gera traços de personalidade, talentos, níveis de stress, ansiedade, background e disposição interna emocional e psicológica diferentes. Portanto, o colega que aprende mais rápido pode ter tido experiências prévias que o ajudem mais, pode ter sido afortunado em dispor de mais tempo para estudar ou ter empregado mais esforço no aprendizado, e nada disso torna alguém inferior ao outro, e sim apenas diversificado.
- Aumente ao máximo o tempo de exposição à língua alvo: ouça música e acompanhe a letra, veja filmes em inglês com legendas em português, em inglês ou sem legendas, enfim, tenha contato com o idioma de estudo diariamente e você se surpreenderá como de repente começará a falar mais, intuir mais, sentir-se mais seguro e usar vocabulário que não sabia há apenas alguns dias atrás.
- Compare-se apenas a você mesmo, antes e depois, e não aos outros.
- Por fim, aprenda que cada dia traz sempre uma nova oportunidade e a vida é repleta deles.
See you soon!
Oldcastle School of English
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