I WILL and I’M GOING TO
“Eu voltarei.”
Célebre frase do filme “O Exterminador” (“The Terminator”), de 1984, do diretor James Cameron.
Estas são as duas formas de futuro usuais em inglês. Embora pareçam a mesma coisa num primeiro momento, há diferenças importantes para que falemos e compreendamos o idioma corretamente. Vamos conhecê-las?
Imagine a seguinte situação:
Mary está conversando com Anne. Ela diz:
– Let’s have a party.
Anne fica animada com a novidade e diz:
– That’s an excellent idea! We’ll invite lots of people!
Mais tarde, Anne encontra John. Ela conta a ele as novidades:
– Mary and I have decided to have a party. We’re going to invite lots of people.
WILL – I will (I’ll) do something
Na primeira parte da história, quando Mary contou a Anne sobre sua ideia de fazer uma festa, não havia planejamento anterior, e a decisão de convidar muitas pessoas foi algo decidido no mesmo momento em que a notícia da festa foi dada. Foi uma decisão imediata a um acontecimento do momento (something said at the moment of speaking). Nesses casos, usamos “will” (e não “going to”).
“Will” também é usado quando fazemos previsões, comunicando algo que achamos que vá ser de uma determinada maneira, porém, sem que tenhamos certeza ou dados concretos a respeito. Se dizemos, por exemplo: “I think I’ll never leave this job.” (“Eu acho que nunca deixarei esse emprego.”), estamos falando de algo que supomos, uma previsão baseada apenas em opiniões, sensações, mas não em evidências ou planos reais.
GOING TO – I am (I’m) going to do something
Mais tarde, quando Anne encontrou John, o assunto não era mais novidade e ela e Mary já haviam conversado e feito planos sobre a festa. Quando falamos de algo que já tenha sido previamente conhecido, pensado, planejado, usamos “going to” (e não “will”).
Assim, “going to” costuma ser usado para coisas mais concretas, como planos que já existem ou quando há algum tipo de evidência presente. Se, por exemplo, dizemos: “I’m going to leave this job next year.” ou “Look at those black clouds. It’s going to rain.”, já temos um plano estruturado para encontrar outro emprego no ano seguinte ou, no caso da chuva, temos a evidência concreta (the black clouds) de sua ocorrência praticamente certa.
Veja mais exemplos:
- O telefone toca e alguém quer falar com o Mike. Você, então, diz: “Just a moment, please. I’ll get him.”
- Você está numa reunião e, de repente, sente sede. Você diz: “I’ll get some water.”
- Alguém passa por você carregando várias caixas. A pessoa tropeça e as caixas caem todas no chão. Você, então, diz: “I’ll help you.”
- Sua amiga passou o mês planejando as férias dela. Você lhe pergunta: “Have you decided where to go?” E ela responde: “I’m going to ”
- Você está cheio de trabalho e precisa terminá-lo antes da reunião da próxima semana. Você já sabe, portanto, que terá que trabalhar no fim de semana para conseguir cumprir o prazo. Você diz: “I’m going to work on the weekend.”
- Seu amigo lhe diz que precisa pegar um avião no dia seguinte de manhã, mas está preocupado porque ainda não tem ninguém que o leve ao aeroporto. Você se oferece para ajudá-lo, e diz: “Don’t worry! I’ll take you.” Você pergunta a que horas será o voo e ele reponde “At 11.” Você diz: “We’ll leave at 9, then.” Até aqui não havia planos, tudo acabou de ser decidido. Mais tarde, perguntam ao seu amigo se ele já tem alguém para levá-lo ao aeroporto, pois estão oferecendo ajuda também. Ele responde: “There’s no need, thanks. My friend, Meg, is going to take me.”
Compare as duas formas:
- ‘Ann is in hospital.’ ‘Oh, really? I didn’t know. I’ll visit her.’
- ‘Ann is in hospital.’ ‘Yes, I know. I’m going to visit her tomorrow.’
A ideia geral de “will” é sempre de algo menos pré-determinado, menos concreto, evidente, imediato, enquanto “going to” é o oposto.
Há situações que aceitam o uso de “will” ou “going to” sem muita diferença entre eles, mas na maioria das vezes seguimos essas diretrizes.
Isso é importante porque, às vezes, trocar um pelo outro pode nos deixar numa situação embaraçosa ou não passar a informação de modo fiel aos fatos. Por exemplo: você está numa reunião e terá que fazer uma apresentação importante ao final dela, mas recebe uma mensagem urgente e precisa se ausentar. Se você comunica isso dizendo: “I’m going to have to leave, I’m sorry.”, as pessoas podem achar que você já sabia que precisaria sair antes do fim da reunião e que as está deixando na mão quanto à sua apresentação, o que poderia fazer você parecer pouco comprometido ou sério em relação ao trabalho. Porém, se você diz “I’ll have to leave, I’m sorry.”, as pessoas pensarão diferente, imaginando que se trate de alguma emergência, algo que você não sabia previamente que teria que fazer.
QUICK ACTIVITY:
Complete the gaps using “will” or “going to” plus the information in parentheses:
- ‘I don’t know how to use this camera.’ ‘It’s easy. I ______________ you. (show)
- ‘What would you like to eat?’ ‘I ________________ a sandwich, please.’ (have)
- ‘I have already made plans for my holidays.’ ‘Really? What _____________________?’ (you/do)
- ‘Don’t worry about the test. I’m sure everything _________________ ok.’ (be)
- ‘I’ve bought a new car. I __________________it next week.’ (take)
Answers:
- I’ll show (immediate decision)
- I’ll have (immediate decision)
- are you going to do (previously decided)
- will be (it’s just a prediction, because you can’t be sure of which future grade one will get)
- am going to take (when you bought it, you left the store knowing when you’d take it)
See you soon!
Oldcastle School of English