O primeiro objetivo de qualquer idioma é estabelecer a comunicação entre pessoas e, para isso, é melhor arriscar e se fazer entender do que não dizer nada por medo de errar, certo? Alunos bem-sucedidos no aprendizado de um idioma costumam não ter receio de tentar e arriscam continuamente, o que certamente os faz avançar significativamente mais depressa que aquele aluno que nunca fala nada por excesso de preocupação.
Porém, uma vez que estejamos na posição de aprendizes de um idioma, temos que unir a tentativa constante em falar ao esforço de observarmos atentamente a forma correta de utilização da língua, afinal, não podemos ignorar o fato de que certos erros não são apenas detalhes menos importantes de gramática, e sim equívocos que podem nos causar algum embaraço, quer seja porque o nativo não entendeu o que dissemos, quer seja porque cometemos erros graves e deselegantes ou, pior, porque acabamos dizendo algo realmente constrangedor.
Por isso, trouxemos hoje para você cinco dicas preciosas, extraídas do conjunto de erros mais cometidos pelos brasileiros, para garantir que você não vá embora dessa leitura sem antes ter melhorado significativamente o seu inglês. Vamos lá?
Dica 1 – Age (idade)
Em inglês, nós não “temos” uma idade, nós “somos” uma idade. Dizer “I have 20 years old.” está errado. Devemos dizer: “I am 20 years old.”
Além disso, dizer a idade sem incluir a palavra “old” está incorreto também, ou seja, ou você diz “I am 20.” ou “I am 20 years old.”, mas nunca “I am 20 years.”
Dica 2 – A pronúncia de “world”
É muito comum o brasileiro omitir o “L” ao pronunciar essa palavra, que sai como “word” (palavra), e não “world” (mundo). Para pronunciá-la corretamente, tente o seguinte: imagine um cãozinho bravo rosnando “rrrrrr” e faça esse som. Agora, após “rosnar”, eleve sua língua até encostar atrás dos dentes da frente da sua arcada superior, fazendo o som de “L” como se fosse dizer “lá”, porém sem o “a”. Então, tente dizer: “worrrrrLd”. Por fim, procure na web (ou no CD-ROM de um dicionário) um exemplo dessa pronúncia para ter certeza do som e praticá-lo mais.
Dica 3 – Beach X Bitch
A palavra “beach” é pronunciada com um longo som de “i”, assim: “biiiiiitch”, e significa “praia”.
Já a palavra “bitch” tem um som curto de “i”, que quase parece um “e”, assim: “betch”, e significa “p*ta” (já ouviu a expressão pouco educada “son of a bitch”?), ou seja, é um erro bastante embaraçoso, por tratar-se de um palavrão, e pode ser um problema se pronunciado errado numa frase como “I saw beautiful beaches yesterday.” (Eu vi praias lindas ontem).
Dica 4 – A pronúncia do “ed” no final de verbos regulares no passado
As únicas vezes em que podemos pronunciar esse “e” em palavras terminadas com “ed” são quando antes dele estiverem as letras “d” ou “t”, por exemplo, em: “defended” (pronuncia-se “difêndid”) e “waited” (pronuncia-se “weitid”), e mesmo assim o “e” nem será um “e”, de fato, já que terá som de “i”.
Ou seja, para a maioria massiva dos verbos no passado terminados em “ed”, é preciso fazer de conta que o “e” não está ali, ignorando-o. Por exemplo, veja os sons de pronúncia dos seguintes verbos: arrived (“arrivd”), traveled (“traveld”), studied (“studid”), worked (“workt”), looked (“lookt”).
Notou que nos dois últimos verbos dos exemplos acima (work, look), o “d” final inclusive pareceu um “t”? Embora possamos aplicar uma regrinha a mais, que é a de que quando há “k” antes do “ed”, este “ed” passa a ter som de “t”, podemos simplificar tudo isso apenas pensando na regra geral de fazer de conta que o “e”, do final “ed”, não existe. O resultado, portanto, será igualmente bom, afinal, se você tentar falar “worked”, pulando o “e” mas tentando pronunciar o “d”, você não vai conseguir, pois vai se ver obrigado a pôr um som de vogal que não existe aí. Ou seja, finais “ked” têm som de “kt”.
Dica 5 – O uso do “it”
É muito comum o brasileiro tentar formular frases em inglês seguindo a estrutura do português. Então, ele dirá: “Was very nice.”, literalmente “Foi muito legal.”, palavra por palavra. Só que a língua inglesa não costuma deixar seus verbos sem sujeito e enquanto ele não aparece em português, precisa aparecer no inglês. Assim, se a frase for singular, usa-se “it”: “It was very nice.”. Esse “it” é a “coisa” que foi legal. Outros exemplos:
- “Rained yesterday.” x X “It rained yesterday.” √
- “Depends.” x X “It” √
- “I don’t know if works.” x X “I don’t know if it” √
O “it” também complementa um verbo ou frase. Perguntar ao nativo “Did you like?” apenas, sem o “it” no final, o deixará confuso e o fará pensar: “Gostei do quê?” Parece que a frase está inacabada, parou antes de ser concluída. Portanto, o certo seria “Did you like it?”, sendo esse “it” a referência gramatical necessária para a “coisa” que se deseja saber se o nativo gostou ou não.
Nativos da língua inglesa dizem que a não inclusão do “it” nas frases é um dos erros que mais “entregam” que o falante é brasileiro!
Essas 5 dicas farão uma diferença enorme na qualidade do seu inglês. Agora é só praticar para não esquecer mais!
See you soon!
Oldcastle School of English
Unidades em Barueri e Osasco – SP.